Querem brincar, fazer e participar. São somente crianças. A bola não é nova, mas tem jogo. Os brinquedos são tão poucos que dá pra contar com os dedos. As oportunidades são mínimas, dividas entre aqueles que as esperam.
Se em nossas casas nossos filhos têm brinquedos e bolas a granel, essa realidade se contrasta com aqueles que têm pouco. Certo dia cruzou comigo um menino que pediu um brinquedo, perguntei qual queria e ele respondeu: “Qualquer um, não tenho nenhum mesmo”.
Eles também querem jogar e brincar, querem fingir ser Neymar após o jogo da seleção, querem dar o chute decisivo do jogo. Eles querem participar e nós podemos proporcionar.
Sim, eles podem jogar, pois temos a bola que eles precisam para entrar em campo. Eles podem brincar porque temos jogado em nossa casa brinquedos para eles. Eles podem se vestir, temos roupas para eles. Eles têm possibilidades, nós somos isso para eles.
Cada um que se importa é PRO BONO (para o bem) para eles. Seus sorrisos se multiplicam quando nós (possibilidades) chegamos. Nesse sábado, elas fizeram fila para se matricular em nossos cursos de costura e bolo. Tornou-se possível, elas vão participar. Assim podemos dar jogo para eles e elas.
Elas podem ser costureiras, você é essa possibilidade.
Elas podem ser boleiras, você é essa possibilidade.
Elas e eles podem ser trabalhadoras, você é essa possibilidade.
Eles podem ser campeões de artes marciais, você é essa possibilidade.
Eles podem ser jogadores de futebol, você tem o campo e a bola. Eles querem jogar.