A ajuda social não é para alguém desconhecido, mas alguém que conhecemos na caminhada. Se for desconhecido no começo, não precisa ser para sempre. O conhecimento ajuda em uma melhor ajuda.
A Dona Julia era uma pessoa maravilhosa, então decidimos fazer uma série de visitas em sua casa. Com o tempo entendemos que ela não tinha contato com os vizinhos e seu filho mal ficava em casa. Ela não tinha amigos e nem parentes. O seu grande problema não era a ausência de alimento, mas a ausência de companhia. Ela estava sozinha.
Nossa recomendação foi: vá para uma igreja ou associação de pessoas, lá você terá outros para conversar e conviver. Procure falar com seus vizinhos e se aproxime do seu filho, tenha um maior contato com ele. Depois de muita resistência e conversas, ela decidiu mudar e aceitou os conselhos. Em menos de um mês a sua vida foi transformada e já se sentia muito melhor. Mais que uma ajuda, ela precisava de alguém para lhe falar a verdade. Por fim, fez uma festa de aniversário para seu filho e chamou todos os seus vizinhos que aceitaram de bom grado o convite. Ela quebrou as cadeias da solidão.
Se conhecermos as pessoas, podemos conhecer também os reais problemas que as afligem.
Depois de uma série de visitas na casa de José (nome fictício) descobriu-se que era extremamente nervoso e por isso vivia em desentendimento com a mulher e vizinhos, isso também dificultava sua busca por emprego. As visitas lhe fizeram muito bem, aprendeu a controlar-se e a lidar com sua raiva. Resolvendo esse problema, os demais foram sendo resolvidos automaticamente.
Somente doar sem se aprofundar no vínculo pode lhe proteger emocionalmente, mas restringirá sua ajuda a somente questões materiais. Os vínculos são degraus de confiança que permitem chegar ao cerne do problema e prover ajuda real. Quando se ganha confiança, se abre uma porta para a eficácia e amor.
Na primeira visita o pedido é uma geladeira ou outro bem material. Lá para a quinta, ela já fala sobre depressão e brigas internas, sobre o seu passado e como se sente só. Quanto mais presente, maior é o conhecimento sobre as verdades ocultas da família.
Qual é o real problema? Qual é a raiz de todos os outros problemas?
Qual é o real problema? Qual é a raiz de todos os outros problemas? Às vezes é necessário somente descobrir o grande problema, que resolvido, permitirá a pessoa lutar contra os demais e vencer. Precisamos destrava-las para que possam prosseguir sua caminhada. Na maioria das vezes a solução é complexa, mas é melhor conhecer o verdadeiro problema do que passar um grande período suprindo as necessidades superficiais.
Luciana reclamava sistematicamente das suas doenças e problemas que vivia. Certo dia, saquei um dinheiro da carteira e lhe disse para ir ao hospital, fazer todos os exames e realizar o tratamento eficaz. Disse que no próximo mês estaria lá para saber sobre os resultados e o que tinha feito naquele mês para melhorar a saúde. Não precisa nem dizer que ela não foi ao médico e tão pouco seguiu nenhuma indicação, ela prefere fazer a manutenção do seu problema para conseguir perpetuamente suas doações.
Existem problemas que não conseguiremos resolver, principalmente quando envolvem questões de saúde publica, onde necessitam serem tratadas em um hospital e serem acompanhadas por profissionais competentes. Por isso o voluntário precisa saber o seu limite e até onde precisa caminhar. Além disso, ela precisa de um acompanhamento de uma assistente social.
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Moisés Nogueira de Faria
Gestor da Corrente do Bem Brasília
Presidente da Generosidade.org
Instagram e Facebook: @moisesnogueiraoficial