Conversava com um amigo meu, presidente de uma ONG também, sobre a generosidade atual que está acontecendo. Temos testemunhado uma onda de generosidade como nunca antes. De verdade pessoas tem se interessado na causa do próximo. Diante da crise atual muitos não têm se acovardado, mas fazem doações lembrando dos menos afortunados.
Temos visto a reação contraria ao que se era de esperar, diante da crise eminente muitos compartilham o que tem.
“Quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco”. 2 Coríntios 8:15
Mas falávamos de outra fome que muitas vezes passa desapercebido. O alimento mata a fome atual, mas o conhecimento supre para o resto da vida. A fome de estudo precisa ser suprida também. Mais que levar cestas básicas para as comunidades, precisamos levar professores e mestres para capacitar e matar de uma vez essa fome. Voluntários podem trabalhar nos finais de semana e quando podem, profissionais remunerados tem dia e período para realizar o seu trabalho. Precisamos de ambos.
A fome pelo conhecimento deve ser insaciável. Só precisamos abrir o apetite. Devemos matar a fome do presente e a do futuro.
Sempre disse que um professor de programação seria capaz de capacitar (não em curto prazo) adolescentes para que futuramente pudessem ter uma boa renda (não salário mínimo) e levar toda a família para outro patamar de vida. Com o valor de 20 cestas básicas é possível pagar para um professor que se dedique uma ou duas vezes na semana (em horário comercial) para dar aula de programação, web design ou o que seja. Ou poderia ser um professor de música que se dedicaria um dia por semana exclusivamente para ensinar a uma turma que quer aprender.
Projetos sociais precisa de voluntários e profissionais, que se dediquem durante a semana e nos finais de semana, com o mesmo fim, transformar vidas. Somos como um trampolim que visa lançar as pessoas para cima, para patamares que outrora não eram possíveis de alcançar. Não somos dizemos para sonhar, mas queremos que viva o seu sonho também.
Não somos dizemos para sonhar, mas queremos que viva o seu sonho também.
Uma pergunta constante que eu faço em todas as casas que entramos: “O que você quer ser? ”. Advogado, policial, juiz. Ainda não achei nenhum que arriscasse dizer médico, dentista ou engenheiro. Mas como seria bom ver isso acontecer. Eles se tornando o que sonharam ser. Não somente isso, mas pessoas que aprenderam sobre tecnologia, música e artes. Que tiveram oportunidades provenientes de pessoas que queriam matar essa fome também. Pois não querem somente ter uma profissão, mas conhecimento e compreensão, serem ativos e parte da sociedade.
Na foto acima está Maria Clara, filha da Sandra. Ela tem se saído bem no colégio, é aluna dedicada. Sabe ler e escrever muito bem. Durante a noite, quando sua mãe faz o EJA (Educação de Adultos), ela auxilia a sua professora nas aulas com outros alunos. Será que se ela aprendesse programação saria bem? Ou tivesse aulas de canto ou música? Se tivesse aulas de MAKER?
A fome pelo conhecimento deve ser insaciável. Só precisamos abrir o apetite. Devemos matar a fome do presente e a do futuro.
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OUTRA FOME (PARTE2)
Falava com a Rosiele hoje à tarde. Uma coisa que nos chamou a atenção nesses dias, apesar de que já sabíamos disso, é a carência que muitos demonstram quando estão falando conosco. O assunto principal é a necessidade básica, ou seja, precisa de alimento, mas é notório que não é somente essa fome que precisa ser suprida.
Conversas que vão se estendendo e penetramos em um mundo recluso, apesar de que sempre a porta esteve aberta, ninguém teve o interesse de entrar. Nessa semana passei algumas horas diante de uma senhora que contou os seus últimos trinta anos de sofrimento. Suas lágrimas escorriam pela face. Mostrei empatia e rebati com algumas histórias alegres que lhe arrancasse um sorriso escondido. Ela disse que poderia voltar quando quisesse.
Aos pouco vamos notamos outras fomes que dificilmente são supridas. Não se levanta campanhas para elas. Fome que não se vê não se compadece.
A Rosiele me falava da importância de dar atenção, de gastar um tempo com elas. De dar algumas respostas que vão além do “nosso trabalho”. Eu até concordei. Logo eu, que não tenho muita paciência, que gosto de respostas objetivas, tenho aprendido a dar espaço para situações assim. Pois essa fome mata também.
Nunca gostei do trabalho mecânico, de somente dar. É necessário analisar, compreender e questionar. Assim como amar, se importar e valorizar o momento. Sempre cabe uma brincadeira e interação. E nisso descobrimos muitas coisas. Para ajudar um pouco mais.
A vivência nos dá experiência, assim já conseguimos ler nas entrelinhas. A história contada é fácil de saber, mas a não contada precisamos perceber.
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Moisés Nogueira de Faria
Gestor da Corrente do Bem Brasília
http://www.instagram.com/moisesnogueiraoficial