Em tempos difíceis, onde as possibilidades são escassas, ficar parado por muito tempo, pode fazer nascer à sensação da inutilidade. Receber sem poder retribuir pode ser destrutivo para muitos. Todos são úteis e não devemos deixar esse entendimento morrer dentro de nós.
Para quem veio do interior, o fazer pelo outro é habitual. A cultura interiorana dos brasileiros dita que uma mão lava a outra, ou seja, eu te ajudo hoje e amanhã me ajuda você. A hospitalidade é de casa e crescemos com a cordialidade presente em nossas mesas. Mas na cidade grande, em meio a tantas dificuldades, não ter a oportunidade de fazer pelo próximo acaba minando qualquer autoestima.
A doação vem sempre em boa hora e quem doa não espera retribuição. Na outra ponta, alguém recebe com alegria. Mas eles querem ser mais que recebedores, querem doar também.
“Ninguém é tão pobre que não possa ajudar alguém e ninguém é tão rico que não precise receber algo”
Por várias vezes presenciei doadores com olhos marejados nos lares das nossas famílias do Sol Nascente vivendo um momento inesquecível. Ajudar alguém necessitado é inspirador para qualquer um. Difícil é dizer quem está recebendo mais por aquele momento. Muitos são renovados após receber um amor que não lhe é familiar no seu roteiro diário de vida. Quem ajuda recebe mais do que o outro.
Pensando assim, melhor é ser doador do que recebedor. Todos podem doar um pouco, e sabemos bem que o pouco de um pode ser muito para o outro.
Então levantamos um grupo de voluntários dentre os assistidos. Eles ansiavam por esse momento. Inúmeras vezes ficaram desejosos de vestir os coletes da Corrente do Bem Brasília e pular para o outro lado do projeto. Eles querem ser voluntários, querem amar pessoas e ajudar.
“Todos são úteis e não devemos deixar esse entendimento morrer dentro de nós.”
Por inúmeras vezes pregamos essa verdade: “Levantem e vão fazer, lutem pela sua vida e por sua família. Não acreditem naqueles que dizem que não podem fazer. Vocês vão longe se acreditar”. Dar visão é tão importante quanto dar alimento. Precisamos alimentar o espirito humano tanto quanto o corpo. Abrimos os olhos e mostramos quem são de verdade. Eles são incríveis sim.
E tudo isso deu certo e agora temos equipe para ajudar a outras famílias necessitadas, equipar para fazer um sopão nas noites frias do Sol Nascente, equipe para bazar de roupas, voluntários para arrecadar alimentos.
Sempre falamos sobre isso, e agora vivenciamos esse novo tempo. Sim, todos são úteis.
QUER DOAR ?
Você pode colaborar para que crianças tenham a sua primeira festinha de aniversário.
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Moisés Nogueira de Faria
www.instagram.com/moisesnogueiraoficial