
Sentado ao lado do meu professor de Gestão de Pessoas no MBA que cursei, diante de uma turma pouco promissora, ele me disse:
— Poucos sabem que muitos profissionais de RH consideram experiência em ONGs como experiência profissional.
A turma, apesar de estar diante de um empresário (eu) e de um diretor de RH de um grande banco (ele), não demonstrava proatividade. Mesmo assim, ele considerou válida aquela informação — direcionando-a a mim, sem saber que eu também liderava uma ONG.
Fiquei refletindo sobre sua frase, e ela fez todo sentido.
Na última vez em que oferecemos uma vaga de gerente, recebemos inúmeros currículos de candidatos que nunca haviam exercido tal função. Mas uma vaga de gerente exige experiência em gestão. E se o candidato ainda não alcançou esse nível na carreira, dificilmente será chamado para a posição.
É aí que entra o papel das ONGs — uma verdadeira carreira em Y, que pode abrir portas no futuro.
As organizações sem fins lucrativos (ou Organizações da Sociedade Civil) são carentes de profissionais qualificados e oferecem grandes oportunidades, inclusive na área de gestão. Em pouco tempo, é possível assumir responsabilidades de liderança em uma trajetória voluntária — e isso tem peso real no currículo profissional.
Mais do que um título, é uma chance concreta de se desenvolver: encarar os desafios da gestão, tomar decisões, liderar equipes, planejar recursos. Essa bagagem será útil tanto na vida profissional quanto na pessoal.
Muitas dessas instituições são verdadeiras folhas em branco, com gestão quase inexistente — o que representa um solo fértil para quem deseja crescer e aprender fazendo. Um desafio e tanto para quem está começando.

Na verdade, devido à escassez de profissionais, há oportunidades de desenvolvimento para diversas áreas: Recursos Humanos, Nutrição, Direito, Engenharia, Educação e muitas outras. É a chance de servir à sociedade e se desenvolver profissionalmente ao mesmo tempo.
E no fim, além de crescimento, você terá algo que poucos cargos oferecem: uma legião de pessoas gratas pelo seu trabalho — voluntário, sim, mas absolutamente transformador.
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Moisés Nogueira de Faria – @moisesnogueiraoficial