Viver uma propósito custa caro. E não estou falando apenas de dinheiro. O verdadeiro preço de viver por um propósito é o que você deixa de ganhar: oportunidades, conforto, reconhecimento. É abrir mão de si para colocar o outro em primeiro lugar. E isso, em um mundo cada vez mais imediatista e centrado em recompensas visíveis, parece loucura.
Vivemos numa sociedade que mede sucesso pelo que conseguimos acumular e mostrar. A aparência, o status e os bens tornaram-se símbolos de realização pessoal. Nesse cenário, o “não ter” — ainda que por uma causa nobre — passa a ser visto como fracasso. Poucos conseguem enxergar que, às vezes, é justamente por você ter dado, que o outro pôde conquistar algo.
As maiores demonstrações de amor e generosidade não viram manchete. Não ganham curtidas. Não enchem o peito de orgulho na roda de conversa. Muitas vezes, são gestos silenciosos que ninguém presencia — exceto aquele que foi tocado, e Deus. Existe uma glória que não é feita de aplausos, mas de paz. Uma alegria serena que só sente quem aprendeu a servir sem esperar retorno.
Algumas pessoas enfrentam dificuldades hoje porque, lá atrás, decidiram ajudar alguém. Abriram mão de recursos, colocaram-se em segundo plano, contraíram dívidas, mudaram prioridades. Talvez estejam colhendo desafios agora, e não o reconhecimento que mereciam. Mas, no fundo, sabem que fizeram o certo. Na hora certa. Pela pessoa certa. E mesmo que essa pessoa nunca tenha dito “obrigado”, isso não apaga o valor do que foi feito.
O mundo precisa de gente assim. Que não vive por aplausos. Que não precisa aparecer. Que faz porque acredita que a vida só faz sentido quando é vivida em favor do outro. São essas pessoas que ainda carregam uma missão. Gente que caminha contra a corrente, que prefere perder para que outro ganhe. Que opta pela compaixão mesmo quando custa caro.
Se você é uma dessas pessoas, receba o meu mais profundo respeito. Você faz parte de uma minoria rara. Nem 1% do mundo age assim. Você pode até não ser visto agora, mas está construindo algo eterno.
Parabéns a todos que ainda vivem por um propósito. Que seguem firmes, mesmo sem aplausos.
A sua missão é maior do que você imagina.
